2 de dez. de 2008

Tu, fêmea

Tu, que finges ser carinho os teus gestos que despertam cobiça, desconfio de ti. Tu anuncias ser franqueza o que parece ser vaidade. Tu inventas nomes bonitos para os medos comuns de toda gente. Tu não és livre, como ninguém é. Por isso, não exagere teu próprio poder.
Por que seduzes e finges não ver? Por que excitas e então partes?
Tu és fêmea, sereia eterna feita de brumas e encantos, linha torta, sinuosa, incompreensível. Tu és mulher e não sabes onde quer chegar.
Eu, obtuso macho, não te entendo, mas vejo que jogas. Queria jogar, mas, neste mundo que é você mesma, sou sempre derrotado. Se aceito tuas regras, tu vences; se não jogo, tu não vences, mas perco do mesmo jeito.
Então, aceito a derrota num jogo que não entendo. Nem quero jogar.

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